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Quantos criadores de conteúdo você segue no Instagram? Desses, quantos são pessoas negras? Você sabia que pessoas pretas que criam conteúdo são menos contratadas e recebem cachês menores, mesmo com base e engajamento similares ou maiores que criadores brancos?

Em mais um super episódio do Podcast Hora do Gole, vamos entender porque isso acontece e o que já vem sendo feito para mudar essa realidade. O papo dessa vez é com Egnalda Côrtes, que além de compartilhar uma jornada de superação e talento, conta como criou a empresa pioneira que pavimentou o caminho para que criadores de conteúdo negro ocupassem mais espaços no mercado de influência. Um papo mais que inspirador, necessário.

Ela é publicitária, tá no mercado digital há mais de 20 anos, é head de planejamento e sócia da Youpix, a maior empresa de consultoria pra economia de influência do Brasil. No episódio de estréia da quarta temporada do Podacast Hora do Gole, conheça a jornada de vida e carreira de Rafa Lotto, criadora do #Publisempreguiça, uma curadoria que mapeia e incentiva conteúdos inovadores, e que virou pesquisa e trouxe verdades e dados que estão mexendo com o marcado.

Patrocínio

Pra molhar as palavras, convidei a Rafa pra conhecer um pouco da história de uma das mais icônicas cervejarias do mundo, a belga Duvel. A marca chega ao Brasil trazida pela Interfood e Todo Vino, que t patrocinam este episódio.

Pra fechar a temporada especial com mulheres negras e o mercado cervejeiro, o podcast Hora do Gole trouxe de volta convidadas da temporada para avaliar o impacto do projeto e discutir o futuro.

Ao longo da terceira temporada, o podcast Hora do Gole trouxe à tona um assunto tão difícil quanto necessário: o racismo e a falta de representatividade negra no mercado de cervejas. Foram conversas dolorosas, mas também emocionantes, ilustradas a partir da jornada de mulheres pretas que lutaram contra machismo, racismo e outras dificuldades para trabalhar em um mercado onde pessoas pretas ainda estão longe de dar as cartas do jogo.

Foi libertador

A conexão entre convidadas e o ancora dos papos, o escritor e criador de conteúdo Eduardo Sena, foi fundamental para estabelecer a relação de confiança que permeou cada conversa. Essa conexão, permitiu que cada convidada compartilhasse dramas e episódios pessoais nunca antes divididos, seja por medo ou até por vergonha.

Contudo, dividir essas dores e ouvir suas próprias histórias de superação e luta acabou mostrando o quanto suas jornadas são poderosas, inspiradoras e nunca mais devem ser silenciadas. Um reflexo notado também na forma como as pessoas receberam cada episódio e repercutiram isso nas redes sociais.

Pioneirismo propositivo

Com essa temporada, o podcast Hora do Gole entra pra história como o primeiro a trazer a discussão sobre o racismo nesse mercado como tema central. Também foi  o primeiro a fazer isso dando visibilidade ao recorte da mulher negra, trazendo em suas falas, sem cortes, propostas claras para uma transformação do mercado e da representatividade negra.

Foram mais de 16 horas de conversas ricas em ensinamentos e inspiradoras, com 9 mulheres que dividiram histórias, avaliaram o cenário social atual, o mercado de cervejas e trouxeram uma visão clara, com propostas reais de inclusão e combate ao racismo.

Passaram pelo programa Sara Araújo, bacharel de direito, acadêmica de ciências sociais, assessora jurídica da Defensoria Pública do Paraná, sommelier de cervejas; Janine Mathias, cervejeira celíaca, cantora, compositora, poeta, autora do projeto Samba da Nega onde celebra suas raízes; Sulamita Theodoro, gestora de projetos e eventos, e sommelier de cervejas; Rozi Sá, bacharel em química, mestre cervejeira, sommelier de cervejas e especialista em fermentação; Gabi Rubens, administradora de empresas, sommelier de cervejas, morando na Bélgica onde pesquisa a escola cervejeira daquele país; Adriana Santos, publicitária, designer, storyteller, cervejeira caseira e sommelier de cervejas; Carol Chieranda, sommelier de cervejas atuando no marketing da cervejaria Trilha; Tayná Morena, jornalista, cervejeira, especialista em marketing digital para cervejarias; Fernanda da Costa, educadora física, especializada em gestão de pessoas, sommelier de cervejas e certificada em produção cervejeira;

Não para por aí

No último episódio, as convidadas Gabi Rubens, Rozi Sá e Sara Araújo retornam ao podcast pra falar sobre esta experiência. O papo também visita curiosidades e bastidores dessa jornada, conta com participações especiais e traz surpresas sobre o futuro do programa. Está imperdível!

Tayná é jornalista, cervejeira e membro da Afrocerva. Atuando como especialista em Marketing Digital para cervejarias, também compartilha suas experiências no perfil @cervagram, que fura a bolha do mercado pra mostrar que a periferia também bebe cerveja artesanal.

“Não adianta colocar um preto aqui e outro preto ali, porque isso não é mudar, isso não é inserir a comunidade preta dentro do ambiente cervejeiro. Isso é, no máximo, um paliativo, uma ação individualizada. Como o racismo não é individualizado, isso não serve”

– disse Tayná durante nossa conversa.

Nesse papo, conhecemos um pouco da jornada dessa mulher negra, que nasceu e cresceu na periferia do Rio de Janeiro e nos conta como venceu os desafios e aproveitou cada oportunidade para mudar a carreira e seguir ajudando a mudar a vida de outras pessoas pretas.

Como membro do coletivo de profissionais negros do mercado cervejeiro, a AFROCERVA, Tayná trabalha para ajudar a construir iniciativas que ajudem a aumentar a participação negra no mercado.

Ela é sommelier de cervejas, comanda todo o relacionamento com clientes nos canais virtuais da cervejaria Trilha, saiu de Piracicaba para entrar de cabeça o mercado de cervejas e por motivos que você vai conhecer neste episódio do podcast Hora do Gole, ela não saiu mais.

Visitamos o passado de Carol Chieranda para conhecer o início de uma jornada de muito trabalho para conquistar seu espaço no mercado, e também, como a sommelier tem trabalhado para que cada vez mais mulheres negras tenham a mesma oportunidade.

Adriana Santos é publicitária, designer, storyteller, cervejeira caseira, sommelier, membro da Afrocerva e talker do Clubhouse. Nesse papo, ela visita uma infância marcada pelo racismo velado e o preconceito, e nos conta como conseguiu enfrentar as dificuldades sem desistir de ir atrás do seu sonho de fazer cerveja.

Gabriella Rubens é administradora de empresas, sommelier de cervejas e estuda história da cerveja na prática em um dos países mais desejados pelos cervejeiros, a Bélgica. Nesse papo inspirador, ela retoma sua origem humilde e relata uma jornada que passa por fome, violência e preconceito até que ela pudesse sair da linha da miséria e viver seu sonho de estudar e trabalhar com cerveja fora do Brasil.

Rozilene Sá é bacharel em química, Mestre Cervejeira, Sommelier de Cervejas e especialista em fermentação. Nessa conversa, você vai descobrir como essa matogrossense saiu de sua terra natal ainda muito jovem, enfrentou as dificuldades e aproveitou todas as oportunidades para se tornar uma das poucas Mestres Cervejeiras negras do mercado, e hoje segue lutando para que outras mulheres também tenham essa oportunidade.

Sulamita Theodoro é gestora de projetos e eventos, atua no marketing de startups há mais de dez anos, é sommelier de cervejas, membro fundadora do coletivo Afrocerva, que luta por equidade e capacitação de pessoas pretas no meio cervejeiro.

Nessa conversa, embarcamos na história dessa mineira que transformou sua ligação com o trabalho comunitário e a desistência do sonho de cursar Letras na PUC-MG, interrompido pelo preconceito e pelo racismo, em uma jornada de estudos que fez dela uma profissional versátil e certificada em várias áreas, que segue lutando contra o racismo através do seu trabalho e de ações afirmativas no mercado cervejeiro.

Janine Mathias é cantora, compositora, poeta, já dividiu o palco com artistas como Karol Conká, Sandra de Sá, Tássia Reis e Criolo e tem o projeto Samba da Nega, onde celebra suas raízes.

Nessa conversa, embarcamos numa jornada de luta dessa brasiliense radicada em Curitiba, que aceitou seu dom de cantar e encontrou na música uma forma de empoderamento, de dar voz à sua ancestralidade e de lutar contra o racismo e o preconceito contra ela e outras pessoas negras.